quarta-feira, 27 de março de 2024

No tempo que eu era um rei...



Com papai aprendi a ser um rei
Num reinado bastante diferente,
Que o tapete vermelho do castelo
Era um pano de chão no meu batente!
No terraço forquilhas arqueadas,
Um balcão, um fogão, uma latada
Onde mãe fabricava os meus pasteis!
Sei que o tempo levou minha rainha,
Conhecida por nós, por mãe Toinha;
A esposa de pai e mãe de dez.

Era assim o castelo que vivi,
Muitas bocas pra pai alimentar,
Só depois que cresci, eu percebi
Que papai não deixou nada faltar!
Trabalhou sol a sol, saía cedo,
A coragem de pai matou o medo
De enfrentar a cruel dificuldade! 
Sustentar cada filho, era o seu plano;
Se eu passar meio século tralhando,
Eu não pago a papai, nem a metade.

E assim foi a sua monarquia,
Sem coroa, sem trono, mas com a verdade,
Tinha pós-doutorado em ajudar,
O trabalho foi sua faculdade!
Foi papai que me deu força, guarida,
Me ensinou os caminhos dessa vida,
No momento que eu mais precisei!
Quero ser a metade do senhor;
Os princípios que tem cada valor,
Que é muito maior que ser um rei.

(Lalauzinho de Lalau)

terça-feira, 26 de março de 2024

Homenagem que fiz a cidade de Apodi, pelos os seus 189 anos de emancipação politica...

Terra da grande chapada
Do canto do bem te vi!
Terra de águas cristalinas
Se encanta quem passa aqui! 
Barragem, rio, canoa;
E o espelho da lagoa
Mostra quem é Apodi.

Quem és tu linda donzela?
És prosa, verso e canção!
É cultura que enriquece
É carnaval, é baião!
É terra de vaquejada;
Fruticultora enricada
Pedaço do meu sertão.

Apodi, terra dos grandes,
Aqui não estou sozinho!
Quem passa por essas terras
Conhece o melhor caminho!
Terra de um bom lugar;
Da cultura popular
E de Moésio Marinho.

Quem passa por essas terras,
A saudade sempre fica!
Do peixe, da água doce,
Barragem, do banho da bica! 
Lajedo, calor humano;
189 anos
De emancipação politica.

(Lalauzinho de Lalau)

segunda-feira, 25 de março de 2024

Mote: Bondade se faz calado, não precisa de zoada...

 

Faça o bem com o coração
Sem tirar foto de nada!
Se quer ajudar alguém
Que está com mão estirada,
Ajude sem ser mostrado!
Bondade se faz calado,
Não precisa de zoada.

Se tiver alguém com sede,
Ofereça água gelada!
Se tiver alguém com fome
Dê um pão, não diga nada!
Pra quê deixar divulgado?
Bondade se faz calado;
Não precisa de zoada.

(Lalauzinho de Lalau)

quinta-feira, 21 de março de 2024

Quando a chuva continua...

 

Chega trazendo alegria
Para quem mora na rua!
Para quem mora no mato
Ver toda a beleza sua!
Quando a chuva vem descendo;
A terra é agradecendo
Quando a chuva continua.

O açude sangra logo,
A seca logo recua!
A mesa fica mais farta,
Comida cozida e crua!
Nasce o capim no cercado;
Meu sertão fica molhado
Quando a chuva continua

Qualquer nuvem carregada
Esconde o sol e a lua!
Passa um riacho correndo,
Lama e barro se a mutua!
Só se ver o aguaceiro;
No meu sertão brasileiro
 Quando a chuva continua

(Lalauzinho de Lalau)

quarta-feira, 20 de março de 2024

Homenagem de todos que fazem a romaria dos vaqueiros em Patu - RN...

 


Fez uma falta danada
Nessa hora, nesse dia!
E sempre será lembrado
Por tanto que ele fazia,
Pra romaria ter brilho!
E desta vez, grande Abel filho;
Não foi para romaria,

Que pena que ele partiu
Pra o outro lado do trilho!
Pegou o trem, sem ter volta,
Sem apertar no gatilho   
Que aumenta a dor da saudade!
Partiu para eternidade;
Adeus amigo, Abel Filho.

(Lalauzinho de Lalau)

terça-feira, 19 de março de 2024

Dia de São José...

 

Olhando o céu infinito
Vejo um punhado de fé!
Vejo uma nuvem carregada
Vejo o meu sertão de pé!
Vejo o sertanejo olhando
Agradecendo e rezando;
No dia de São José.

(Lalauzinho de Lalau)

segunda-feira, 18 de março de 2024

Mote: Como é que eu vou entender a nossa sociedade?

 

Cheia de tantos direitos,
Mas só pratica a maldade!
Fala de paz e faz guerra,
Se veste de vaidade!
E mata pra sobreviver;
Como é que eu vou entender
A nossa sociedade?

Que passa o dia rezando
E esquece da humildade!
Nega um pão a quem tem fome,
Suja as ruas da cidade!
Não dá, e quer receber;
Como é que eu vou entender
A nossa sociedade?

Prende um pássaro na gaiola,
E fala de liberdade!
Humilha, cospe, maltrata,
Pisa só por crueldade!
Não deixa o amor florescer;
Como é que eu vou entender
A nossa sociedade?

"Ora", e é mau do vizinho,
Desfazendo a amizade!
Passa o ano sendo ruim,
No natal, faz a bondade!
Pra mídia toda saber;
Como é que eu vou entender
A nossa sociedade?

(Lalauzinho de Lalau)